sexta-feira, 10 de abril de 2009

Saudoso pessimismo exacerbado (ou não!)

Lindo dia de sol, brisa suave, clima ameno. Hoje (sim, é o dia de hoje!). Alguns me chamam de profeta do azar, catastrófico, pessimista...devo ser tudo isso e mais um pouco. Apesar de toda a poesia do dia eu só consegui pensar que os raios de sol de hoje queimam muito mais minha pele que aqueles de algumas décadas atrás, que o vento de hoje será o furacão de amanhã; que o clima ameno é o prelúdio da tempestade de neve de um futuro não muito distante.
Quinta-feira levei minha irmã na missa. Eu resolvi não entrar e fiquei vagando pelo cemitério. A noite, a calmaria do lugar, uma suave brisa e uns relâmpagos de fundo me fizeram sentir muito bem (por incrível que pareça. Eu sei que você deve achar isso bizarro.). Novamente parei para pensar. Cada uma daquelas covas resume bem o nosso último ato na Terra: A morte. Que todo mundo morre não há dúvidas. O que me faz ficar muito irritado é que as pessoas continuam estragando o mundo porque “vão morrer de qualquer jeito”. No dia que eu morrer - se me restar consciência - eu quero estar deitado em minha cova (ou dentro de meu potinho de cinzas, ou em qualquer outro lugar) sem precisar passar a eternidade sabendo que eu fui o responsável pelo caos e pela desgraça de inúmeras outras vidas.
E, diante de todos os estudos e todas as tentativas quase desesperadas de demonstrar a necessidade de cuidarmos de nosso planeta, ainda assim aparecem alguns ignorantes que defendem que a ideia de que nosso planeta está caminhando (ou já esta) para a beira do caos é infundada. E a população, pelo conformismo e por sua comodidade, prefere acreditar no otimismo irracional. É o fracasso dos fatos e das constatações científicas pelos paradigmas insanos dos palpiteiros.
Estamos na fase da crítica irracional por ela mesma, sem fundamento e ignorante em suas raízes mais “profundas”!
Sim, eu sou um Eco-chato!

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